terça-feira, 22 de junho de 2010

EU
Nesta existência aos meus 12 anos, eu morri... Afogamento. Me lembro exatamente de como foi a experiência, de cada rosto. A agonia de saber que se está morrendo é pior que a própria morte.
Então algo aconteceu, algo que eu sabia ser impossível, mas que mesmo assim aconteceu.
Eu voltei com uma mudança em minha mente. Eu lembro de me senti vivo como nunca antes, a cidade estava viva e eu poderia ouvi cada suspiro, cada grito. Senti o cheiro de um cigarro aceso, do escorrer de sangue ou lágrimas. Tudo dor e alegria, temor e triunfo me inundava ao tomar folego e saltar capturando a noite na palma da mão.
Mas não importa a altura que eu salte, ELE sempre quer mais. E quando chego ao meu limite, tão exausto que não posso dar nem um passo, ELE me agarra, me coloca de pé e me arrasta até a borda.
_ Você tem coragem garoto? _ Pergunta com a voz de areia e pedra. _ Você correria o risco?
E depois some, desaparece. Nenhum som. Cheiro. Nem sinal de que esteve aqui. Vai ver não esteve mesmo. Posso ter tido um colapso mental. Vai demorar até eu poder confiar em minha percepção do que é real ou imaginário.
Imortalidade

Quantas pessoas não desejariam ser eternas, viver pra sempre apenas pra poder fazer tudo sem consequências.
Porém, vai chegar uma hora em que a idéia de eternidade se tornará temporariamente insuportável. Viver nas sombras e caminhar no escuro sem uma companhia e se tornar uma existência solitária e vazia.
A imortalidade até parece ser uma idéia boa, até que você percebe que, vai passá-la sozinho. Então é bom dormir esperando que o som da passagem do tempo cesse e uma espécie de morte venha. Então o mundo muda. Parece valer a pena voltar agora que novos deuses são adorados. Mas noite e dia sempre estará sozinho, a não ser que se torne um deles.
Tudo o que sonhar tornará realidade e assim dará ao mundo um novo deus: Você.
Se fizer isso a sede pelas coisas impresionará seu criador. E você aprenderá sobre o desconhecido, aprenderá sobre o mundo e sua história oculta e principalmente sobre si mesmo.
Adore o prazer que seus novos poderes e conhecimentos lhe darão. Mas aprenda uma das lições mais sombrias: Neste mundo sempre estamos sozinhos e não há nada além do deserto frio e escuro da solidão.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

E AGORA?
Eu sempre pensei q seria alguém em algum lugar q não aqui, embora sabia q em qualquer lugar não seria nada. Além do q vc vale, além do q vc tem isso é o mais importante agora.
As pessoas pensam muito nisso. e por está com elas, acabo pensando também. Mas em que isso me ajuda? Só pra fazer parte desta sociedade mediocre e decadente.
Eu saberia dizer quem ou o q fizeram pra tudo melhorar em uma palavra? Com certeza não.
Mas quando acordei naquele dia dia, eu vi q tudo havia mudado, tudo estava melhor.
Meus sentidos estavam aguçados como os de um recém-nascido. A luz era diferente, o ar era diferente. tudo o q eu conhecia havia acabado e um novo mundo me foi dado.

domingo, 7 de março de 2010

Era uma vez

Não sei o pensar depois q tudo passou. Sendo sincero, estava muito melhor sem saber nada. Muito melhor vivendo em meu mundinho particular. Lá eu era Deus.
Seguimos em frente. Minha mãe estava estranhamente alegre, sabe-se lá o por quê.
Então chegamos na casa da tal amiga, ela até que ficou animada com isso. Pessoa humilde, divertida. Me pediu pra conhecer o lugar com os filhos dela. Sete. pode?
Aceitei então de bom grado. Fomos ver onde ficavam os animais e andamos por todo o lugar. Alguém convidou pra irmos até o rio. E lógico, fomos.
O lugar era estranho. Era um enorme lago com uma árvore exactamente bem no centro. Esquisito. Nunca tinha visto, só em imagens digitais.
Começaram a pular na água. Eu pra não ficar pra trás... Já sabem, fui junto. Admito, estava me divertindo. Alguns subiam na árvore e pulavam me chamando pra fazer o mesmo. Só que eu não sabia nadar, ficava apenas na parte rasa.
- É raso. - Alguém disse.
Eu acreditei. Eles faziam parecer tão fácil.
E como se tudo fosse uma terra de fantasia, Alice no país das maravilhas, a luz apagou.
Eu via cada rosto, não conseguindo me manter flutuando, eles sorriam. Achavam que eu estava de brincadeira. A sensação de se está morrendo é pior que a própria morte. E aqueles espectros ali me observando, seus olhos de fogo me queimando as costas.
A luz apagou e eu jamais soube o que realmente aconteceu.
Até hoje.

sábado, 6 de março de 2010

Para começar eu gostaria de dizer que não sou evangélico ou sequer sigo qualquer coisa relacionada. Mas também não sou ateu. Porém só acredito em Deus.
Eu sei parece loucura, mas na minha condição humana, por natureza tenho que acreditar em alguma coisa. É uma questão de fé., pode-se dizer.
Só que isso não tem nada ha ver.
Ontem eu acordei com a cabeça em chamas(no fugurado), tudo parecia que iria esplodir.
Não é pra menos, sendo quem eu conheci.
Tudo começou quando eu tinha 11 anos. Minha mãe me levou para o interior do maranhão, para uma cidadezinha chamada São vicente de Ferrer.
Era para ser legal, e até foi por um tempo.
O lugar parecia ter saido de um livro de historia do brasil na época de tiradentes, o que me deu espanto, mas depois acabei acostumando. Não era tão ruin.
Naquele dia amnheci com um preságio amago, que começava no estomago e terminava na boca, assim que abri os olhos eu sabia que alguma coisa ruin iria acontecer.
Levantei, e fui tomar café. Minha apareceu e disse que iriamos sair, que queria ver uma amiga de infancia. E sabe-se lá que tipo de infancia elas tiveram naquele lugar.
Eu não pude dizer muita coisa contra, só que no caminho me arrependi de não ter me negado a acompanha-la.
A beira da estrada, sim, estrada, e de terra, daquelas que quando o vento passa nada mais se pode ver, havia um cemitério muito, mas muito macabro, coisa que só se ver em filmes mesmo. E para completar, um primo eu que morava na região contava aquelas velhas histórias de terror local.
Lendas e mais lendas, coisas sobrenatural e normais. Desnecessário dizer que as sobrenaturais me chamaram mais atenção, e me fizeram perder o sono.
Só que de alguma forma mais tarde, eu estava ligado aquilo.

Qual a verdade?

E se eu dissesse q tudo é verdade?